Antes de começar a pensar na minha viagem à Colômbia o nome
San Andrés nunca tinha ecoado tanto na minha cabeça. Depois de pesquisar um
pouco sobre as cidades colombianas esse Arquipélago começou a ganhar força nos nossos planos, não apenas pelas lindas imagens do mar de Sete cores, piscinas e
aquários naturais, mas pela comida exótica, pelo povo e sua história.
Essa foi uma viagem muito especial, apesar de ter ficado apenas 4 dias na ilha pude aprender muita coisa e vivenciar outras realmente novas para mim. Esse post ficou muito comprido, por isso irei dividi-lo em "capítulos"
Capítulo 1. História
Capítulo 2. Alimentação
Capítulo 3. Transportes
Capítulo 4. Atrações
Essa foi uma viagem muito especial, apesar de ter ficado apenas 4 dias na ilha pude aprender muita coisa e vivenciar outras realmente novas para mim. Esse post ficou muito comprido, por isso irei dividi-lo em "capítulos"
Capítulo 1. História
Capítulo 2. Alimentação
Capítulo 3. Transportes
Capítulo 4. Atrações
Capítulo 1. História – Arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa
Catalina
De acordo com as autoridades do conjunto de ilhas, é
provável que a primeira pessoa a avista-las foi Cristóvão Colombo, entretanto,
não há evidências capazes de comprovar esse fato. Poucos anos depois, meados de
1500, as ilhas se tornaram jurisdição da Espanha, que na época não tinha muito
interesse em terras insulares, passando a administração para a Real Audiência
de Panamá e em seguida para a capitania da Guatemala.
No decorrer dos anos 1629 e 1630 houveram os primeiros
assentamentos europeus, na ocasião se tratava de colonos ingleses que chegaram
a Bermudas e Barbados e outros foram para as ilhas Santa Catalina (é CataLina
mesmo) e Providência.
O interessante desse arquipélago é o fato de que até hoje é
possível observar resquícios de Pirataria, não como a gente se apropria do nome
atualmente, mas sim da pirataria com barcos pirata etc. O mais famoso pirada da
ilha de San Andrés é Henry Morgan ou como é conhecido “El Pirata Morgan”. Junto
com o outro pirata Eduard Mansvelt, holandês, instalaram sua base de operações
em San Andrés. Henry Morgan foi um Corsário Gales que
saqueou grande parte do Caribe e foi conhecido por destruir a cidade do Panamá
e ajudou a codificar o Código
Pirata. Para quem quiser saber mais sobre Henry Morgan existem inúmeros
filmes, documentários, literatura, música acerca da vida desse famoso Pirata.
Cem anos depois a Capitania da Guatemala delego ao Tenente
Tomas O’Neille a missão de expulsar ingleses e holandeses do arquipélago.
Enquanto isso a produção e exportação de algodão foi crescendo, despertando
assim, o interesse da Espanha. Até 1786 havia um atrito entre espanhóis e
ingleses, até que um tratado foi assinado exigindo a saída de todos os súditos Britânicos
da Costa do Mosquito.
Muitos ingleses saíram, já outros pediram a permanência mediante a pagamento de
taxas para as autoridades espanholas. No dia 20 de novembro de 1803 a coroa
espanhola emitiu um decreto colocando o Arquipélago de San Andres e a Costa do
Mosquito sob a jurisdição de Santa fé de Bogotá.
Durante a guerra de independência as ilhas até então permaneceram
leais a Coroa Espanhola continuando seu intercâmbio comercial, contudo, a
capacidade da Coroa em controlar as suas colônias foi diminuindo e a reação em
cadeia já havia começado, as emancipações das américas espanholas. Entre os
anos de 1818 e 1821 o francês Luis
Aury tomou as ilhas e entrou a serviço das tropas de Simon Bolivar.
Em 23 de junho de 1822 foi hasteada pela primeira vez a
bandeira da Colômbia sobre as ilhas e os conselhos de San Andrés e Providencia
assinou sua adesão à Constituição
de Cúcuta após a visita de Luis Peru de Lacroix. As
cinco principais ilhas tornaram-se o sexto cantão da Província de Cartagena em
1822.
Em 1912 e após uma intensa campanha liderada por Francis A.
Newball do jornal Searchlight (El Faro) foi aprovada a lei 52 de 26 de Outubro,
que criou o município de San Andrés e Providencia, como um país separado do
Departamento de Bolívar.
Os governos da Colômbia e Nicarágua, assinaram em 24 de
março de 1928 o Tratado Esguerra-Barcenas em que o país sul-americano
reconheceu a soberania da Nicarágua sobre a Costa do Mosquito e o país da
América Central reconheceu a soberania da Colômbia sobre Arquipélago de San
Andrés , Providencia e Santa Catalina. Em 05 de maio de 1930 Protocolo
confirmando o tratado de 1928 foi assinado.
O governo do general Gustavo Rojas Pinilla declarou San
Andrés porto livre em 1953, que transformou a ilha em centro comercial e
turístico fato que perdura até hoje, pois, a ilha de San Andrés é conhecida
como um ótimo lugar para fazer compras, já que toda a mercadoria que vem para o
resto da Colômbia passa pelo seu porto e os produtos de baixíssimos impostos.
Isso também levou à chegada de muitas pessoas da Colômbia continental.
Ilha de San Andrés: Bahia Hooker em 1940 |
Em 6 de dezembro de 2001, o governo da Nicarágua perante o
Tribunal Internacional de Justiça de Haia reivindicou soberania sobre o
arquipélago e alegou que a Colômbia tinha nenhum título legal para a soberania
sobre a área.
Em 2003, a Colômbia apresentou ao Tribunal as "exceções
preliminares" para contrariar as alegações nicaragüenses. Em 13 de
Dezembro de 2007, o Tribunal Internacional de Justiça deu a sua decisão oficial
sobre as exceções preliminares da Colômbia.
Impressões
Para o turista que visita o arquipélago essa questão
realmente vem à cabeça, a ilha é muito próxima a Nicarágua cerca de 190km, e
muito distante da costa Colombiana, aproximadamente 775km. Outra coisa que
podemos perceber é a grande influência Jamaicana nas músicas e na religião,
além disso, a língua falada na ilha é a Criolla, que seria uma mistura do
espanhol com o inglês modificado, dialeto criado para que os escravos pudessem comunicar
entre si sem que seus “senhores” entendessem. Ou seja, ao menos San Andrés é um
pout porri de culturas tornando-o um lugar muito interessante de se visitar.
Turistando na história
Se você quiser conhecer um pouco mais dos costumes e
cotidiano dos islenhos existe, na ilha de San Andrés, o “Casa
Museo Isleña” é um mini museu feito em uma casa antiga da ilha, uma das
poucas que sobraram, custa 8000 pesos colombianos a entrada, em reais,
aproximadamente R$10,00. Você entra e durante todo o percurso uma guia muito
simpática e alegre conta como era o dia-a-dia na ilha
Casa típica Islenha, uma das últimas de San Andrés |
Interior da casa com a nossa simpática guia |
Para Chegar ao museu existem alguns meios de transporte*:
- Ônibus ou Buceta como eles chamam, um pequeno ônibus particular e peculiar;
- Carrinho de golfe alugado;
- Bicicleta alugada;
- Moto Alugada;
- A pé.
*Irei especificar cada um deles no Capítulo 3!
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