Visitar a Colômbia é se deparar com uma mitologia latente. No modo de vida, comportamento e costumes, as tradições do passado - que não é tão longe assim - são possíveis de serem observadas caso olhe com um pouco mais de atenção. Os detalhes são encontrados em diversas esferas, a sociedade matriarcal, mesmo sendo em sua maioria muito machista, os cabelos compridos e a importância que se dá a eles, os alimentos, as bebidas, os jogos, as roupas, entre outros. Saber um pouco mais sobre a mitologia ajudará a compreender melhor esse povo, principalmente os habitantes do altiplano.
Os índios muiscas habitaram a antiga região do altiplano Colombiano, eram politeístas na civilização pré colombiana. Acreditam que uma mulher, Bague, é a mãe criadora do Universo, ela é inatingível, é o pensamento e tudo o que existe no mundo. Se caracterizaram por terem sido um povo muito desenvolvido, o mais desenvolvido que os conquistadores encontraram e tinham como principais trabalhos a extração do sal, o trabalho de ourives e a manufatura de algodão.
Passados os 9 anos, o futuro cacique era trazido para a casa
cerimonial onde encontrava as mais belas mulheres da região dançando sensualmente
para ele provando que o jovem já teria o controle da mente e do espírito sobre
o corpo. Caso o púbere de 18 ficasse excitado com o que estava vendo sofria o
pior castigo que existia lhe cortavam o seu..... Cabelo!
Isso porque na mitologia Muisca o cabelo é algo muito
importante, é a força, a vitalidade, onde estão guardados os nossos sentimentos
e pensamentos. Para a mitologia Muisca esse é o vínculo com a natureza, é a
raiz do ser, se a raíz é cortada, passamos a morrer lentamente.
Se o cabelo de um Muisca fosse cortado, estava condenado a
sofrer o resto da vida em eterna solidão. Na época, existiam as Guarrillas – que
hoje, com seu conceito totalmente retorcido, é sinônimo de prostituta – essas mulheres
cortavam seus cabelos para ajudar na luta em favor de sua tribo. Fazendo isso
sabiam que ou morreriam na guerra, ou estariam condenadas a eterna solidão.
Em qualquer povo, se entendemos sua mitologia entendemos
melhor os seus rituais, suas cerimônias e esse era um povo que precisava
entender muito os ciclos da natureza e sua periodicidade para assim “controlar”
suas transformações.
Para os Muiscas não existia apenas o plano da terra,
existia o mundo masculino, que estaria sobre nós, o mundo do fogo que faz
conexão com o povo pelo sol. Na parte baixa, o nosso mundo, está o feminino, o
mundo da água, que nos conecta por meio dos rios e das lagoas e ao centro
estaria o mundo neutro e seria tarefa do ser humano conseguir equilibrar esses
mundos. Esse povo considerava o sol e a lua um casal, pais da humanidade e os
mesmos simbolizavam a articulação do matrimônio como conjunção do poder
inseminador da luz do dia e da noite
Além disso a produção textil também representava uma parte muito importante para essa sociedade, era sinal de status, quanto mais colorida a roupa que uma pessoa vestia, mais importante ela era na hierarquia muisca. Podemos ver até hoje esse costume na população colombiana, muitas cores e cores fortes são do gosto popular.
A alimentação era muito equilibrada, sendo composta por frutas e principalmente o Milho, que até hoje pode ser visto como um pilar da alimentação colombiana. Eram muito inteligentes e usavam as diferentes altitudes a seu favor, assim, podiam plantar alimentos que necessitam de mais calor em lugares mais baixos e aqueles que necessitam de mais frio nos lugares mais altos.
As festividades eram eventos muito comuns, com muita musica, comida, cores, que tinham grande associação com os períodos de colheita e os ciclos da vida. Para deixar ainda melhor a festa os muiscas produziam a chicha, bebida fermentada de milho que até hoje é encontrada (principalmente no centro de Bogotá).
Até mesmo os esportes foram mantidos na tradição até os dias de hoje, além da luta, um esporte muito comum na Colombia é o Tejo (leia TERRO), que consiste em lançar um disco gordinho de ferro em um bloco de argila e o objetivo é acertar o meio desse bloco, além disso, também ganha pontos se acertar os pacotinhos de pólvora. É um jogo muito divertido, difícil e aconselho a fazer um bom alongamento antes e depois, já que as dores no dia seguinte são inevitáveis! Mexemos músculos que nem sabíamos que existia! Geralmente, para se jogar o tejo, não é cobrado nada, a unica exigência é que o jogar consuma as bebidas do estabelecimento, o mais comum é que se tome cerveja, o que pode deixar o jogo um tanto quanto perigoso se você não tiver muita prática! Ouvimos que um jogador morreu porque um tejo acertou sua cabeça!
Para mim foi muito difícil no começo, o peso da peça agrava a dificuldade, ao final de 5 ou 6 horas jogando já fui pegando o jeito e fazendo alguns pontos! A pressão era grande pois eu a unica mulher e talvez a mais nova jogadora daquele lugar!
*As imagens são da reserva da Lagoa de Guatavita!
Além disso a produção textil também representava uma parte muito importante para essa sociedade, era sinal de status, quanto mais colorida a roupa que uma pessoa vestia, mais importante ela era na hierarquia muisca. Podemos ver até hoje esse costume na população colombiana, muitas cores e cores fortes são do gosto popular.
A alimentação era muito equilibrada, sendo composta por frutas e principalmente o Milho, que até hoje pode ser visto como um pilar da alimentação colombiana. Eram muito inteligentes e usavam as diferentes altitudes a seu favor, assim, podiam plantar alimentos que necessitam de mais calor em lugares mais baixos e aqueles que necessitam de mais frio nos lugares mais altos.
As festividades eram eventos muito comuns, com muita musica, comida, cores, que tinham grande associação com os períodos de colheita e os ciclos da vida. Para deixar ainda melhor a festa os muiscas produziam a chicha, bebida fermentada de milho que até hoje é encontrada (principalmente no centro de Bogotá).
Até mesmo os esportes foram mantidos na tradição até os dias de hoje, além da luta, um esporte muito comum na Colombia é o Tejo (leia TERRO), que consiste em lançar um disco gordinho de ferro em um bloco de argila e o objetivo é acertar o meio desse bloco, além disso, também ganha pontos se acertar os pacotinhos de pólvora. É um jogo muito divertido, difícil e aconselho a fazer um bom alongamento antes e depois, já que as dores no dia seguinte são inevitáveis! Mexemos músculos que nem sabíamos que existia! Geralmente, para se jogar o tejo, não é cobrado nada, a unica exigência é que o jogar consuma as bebidas do estabelecimento, o mais comum é que se tome cerveja, o que pode deixar o jogo um tanto quanto perigoso se você não tiver muita prática! Ouvimos que um jogador morreu porque um tejo acertou sua cabeça!
Para mim foi muito difícil no começo, o peso da peça agrava a dificuldade, ao final de 5 ou 6 horas jogando já fui pegando o jeito e fazendo alguns pontos! A pressão era grande pois eu a unica mulher e talvez a mais nova jogadora daquele lugar!
Pontuação máxima do tejo! |
*As imagens são da reserva da Lagoa de Guatavita!
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