Capítulo 3. Transportes
Sabe uma coisa que dificilmente eu faria em outro lugar e
fiz em San Andrés? Ir a pé do Aeroporto até o Hostel. Sim, surreal não?
Detalhe:
o aeroporto era melhor localizado na ilha do que o nosso hostel, que por sua
vez, também não deixava a desejar na localização!
Bom, a primeira coisa que comentamos quando saímos do
aeroporto foi “nossa olha aquela pessoa na moto e sem capacete!”, segundos
depois descobrimos que essa não seria uma exceção e sim uma regra.
Além das
pessoas andarem sem capacete, usam a moto como meio de locomoção da família
toda, três ou quatro pessoas em uma moto é algo corriqueiro, bem como pessoas
carregando coisas muito pesadas como um saco de batata no colo! Ou até mesmo
uma mulher que vimos carregando um bolo com uma mão e segurando no guidão com a
outra! A questão das motos é realmente impressionante, deve ter mais moto do
que gente naquela ilha!
Encontrei algumas divergências sobre a extensão da ilha, uns
dizem 26km e outros 27, sendo um ou outro a questão é que a ilha é bem extensa
e ao menos que você seja um atleta acho que vai preferir escolher alguns meios
de transporte para percorrer todo o seu perímetro, certo?
Temos algumas opções:
1. Alugar uma bicicleta
Antes de chegar na ilha achei que esse
seria o meio de transporte escolhido por nós, porém, as coisas dificilmente são
da forma como imaginamos. San Andrés é muito quente! Muito mesmo, isso que fui
no “inverno” para lá e as temperaturas passavam de 30 graus facilmente. Nos
meses de “verão” chega a 45 graus. Portanto o fator clima é algo que pesa na
hora de escolher a bicicleta. Outro ponto climático que vai contra a escolha da
bike é a ventania, nessa ilha venta muito! Muito mesmo. Fiquei imaginando como
seria pedalar contra o vento pelo menos na metade dos 27km. Vento e sol, com
certeza desgastante. Apesar disso com um preço bom até poderíamos pensar na
possibilidade. Aí que vem o último empecilho: cada bike custava 30.000 pesos para alugar o dia inteiro,
cerca de R$38,00. Em relação aos
outros meios de transporte, não valia a pena.
Sim, essa também foi uma opção pensada por
nós, custando (no hostel) 60.000 pesos,
cerca de R$75,00 achamos que seria
uma boa ideia até perceber que nem eu nem ele tínhamos carta de moto e era
obrigatório. Apesar disso depois continuamos ponderando a questão da scooter e
chegamos à conclusão que teríamos quase os mesmos problemas da bicicleta. Muito
sol! Muito vento! E com um problema a mais: o trânsito caótico das milhares de
motos. Aliás a ilha poderia ser chamada de ilha das motos.
3. Alugar um carrinho de golfe
A ultima coisa que pensamos foi o carrinho
de golfe, e surpreendentemente foi o que escolhemos. O motivo da escolha é que
o carrinho de golfe solucionaria todos os nossos problemas mencionados
anteriormente, e porque não havíamos pensado? Pelo preço. Nosso orçamento
estava baixo e no hostel estavam alugando o carrinho por 100.000 pesos (R$125,00). Por sorte, no dia anterior conversamos
com um brasileiro que também estava no hostel e que nos deu uma dica: ir no
centro da cidade e tentar alugar sem o intermédio de ninguém. Aceitamos a dica
e lá fomos nós, poucos minutos de caminhada achamos um carrinho de golfe com o
seu dono islenho perguntamos seu preço, tentamos pechinchar e no final das
conta conseguimos por 60.000 pesos por 5 horas (para dar a volta na ilha sem
parar leva-se por volta de uma hora e meia). Fechamos com o senhor ali mesmo! Ele
nos ensinou a pilotar a máquina e lá fomos nós dar a volta na ilha. No final
das contas acredito que essa tenha sido uma decisão acertada, foi confortável,
divertido e sem nenhum problema! Recomendamos!
Vista do Carrinho |
4. Pegar uma buceta
Buceta para eles é um ônibus pequeno,
geralmente particular e, como já disse em outro post, muito peculiar! Se você
já viajou para algum lugar da américa latina deve saber do que estou falando.
Esses ônibus tem uma decoração própria, geralmente muito chamativa e com muitos
badulaques. É muito fácil encontrar a buceta certa para dar a volta na ilha! Mas
demora um pouco e ela não faz a volta completa. É uma boa opção para os dias que você for passar algum tempo em
algumas atrações da ilha, como por exemplo a piscinita. Custa 1800 pesos cerca de R$2,30.
Buceta por dentro! |
Observação: Não pegamos taxi na ilha.
Primeiro porque realmente podíamos nos virar de outras formas, segundo porque
não confiamos muito nos taxistas colombianos, fomos enganados uma vez em Bogotá
e isso nos marcou. Pode ser puro preconceito, mas, como pudemos evitar,
evitamos.
Outro meio de transporte que encontrará são as lanchas que
levam você às outras ilhas. Para ir ao aquário (que é uma ilhota de areia com
um mar incrível) e depois ir a Johnny
Cay gastamos 15.000 pesos (R$19,00) compramos no hostel e acredito que se
comprássemos direto com os responsáveis pelas lanchas teríamos conseguido um
preço melhor.
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